A castanha-do-brasil e a floresta amazônica são inseparáveis e, conforme o desmatamento, os incêndios florestais e os grileiros destroem a floresta, o efeito negativo em cadeia começa. Portanto, a conservação da castanha-do-brasil e da floresta amazônica dependem uma da outra, afetando assim os milhões de pessoas que chamam a região amazônica de lar.
A floresta amazônica é uma das regiões mais majestosas, biodiversas e ambientalmente importantes do mundo. Cobrindo uma área de mais de 5,5 milhões de km² e se espalhando por vários países da América do Sul, é a maior floresta tropical do globo. Localizada dentro da floresta está a resistente, deliciosa e nutritiva castanha-do-brasil. Ao longo das últimas décadas, a castanha-do-brasil tornou-se um dos produtos econômicos mais importantes da Amazônia.
Origens da Castanha-do-Brasil
As castanhas-do-brasil são colhidas na selva da floresta amazônica. Suas árvores são enormes e muitas vezes se elevam acima do dossel da floresta. Cada árvore produz um fruto que envolve de 10 a 20 castanhas-do-brasil individuais. Uma vez que esses frutos amadurecem, eles caem no chão da floresta, aguardando serem colhidos pelos coletadores. Os esforços para cultivar a árvore fora do ambiente selvagem falharam, pois a árvore requer o ecossistema extenso e complexo da Amazônia para florescer e produzir castanhas-do-brasil. Consequentemente, a produção de castanhas-do-brasil raramente é constante e isso resulta em colheitas imprevisíveis. A cada ano, a colheita depende das condições ambientais, econômicas e políticas da região.
Uma vez que as castanhas-do-brasil são colhidas, elas são apreciadas em todo o mundo por seu delicioso sabor, amplificando receitas ou simplesmente servindo como um lanche saboroso. Além disso, elas fornecem diversos benefícios à saúde, sendo ricas em fibras, vitamina E, tiamina e minerais como selênio, potássio, zinco, magnésio, fósforo, cobre e manganês. Elas também contêm mais selênio do que qualquer outro alimento no planeta.
Ameaças Contra a Floresta Amazônica
Lar da castanha-do-brasil, a floresta amazônica atualmente enfrenta algumas das maiores taxas de desmatamento, bem como incêndios florestais. Em junho de 2020, a Reuters informou que o desmatamento da floresta poderia estar em seus piores níveis em mais de uma década. Em relação aos incêndios florestais, a situação não parece melhorar. Em julho de 2020, houve quase 7.000 incêndios na floresta, um aumento de 28% em comparação com julho de 2019. Além disso, a floresta também é ameaçada pelos “grileiros”, que são indivíduos que abrem caminho na Amazônia para pastagens de gado. Apenas de 27 de abril a 9 de setembro de 2019, 2,8 mil hectares de floresta foram ilegalmente desmatados. Infelizmente, a expansão das pastagens de gado geralmente prejudica os colhedores de castanhas-do-brasil.
Sustentabilidade, Meios de Vida e Conservação
Ao longo dos anos, o crescimento e a colheita de castanhas-do-brasil da Amazônia tornaram-se um recurso-chave e, por meio de sua colheita, conhecida como “conservação por meio do uso”, apoiou milhões de hectares da floresta. O crescimento da castanha-do-brasil pode ser diretamente ligado à preservação da floresta amazônica e, devido ao impacto não apenas na conservação da floresta, mas também no impacto nas economias locais e nos meios de vida, a castanha-do-brasil tem sido referida por alguns como a pedra angular da conservação da floresta amazônica.
[1] Kainer, K. A., Wadt, L. H., & Staudhammer, C. L. (2018). The evolving role of Bertholletia excelsa in Amazonia: contributing to local livelihoods and forest conservation. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 48.
[2] Spring, J. (2020, July 10). La deforestación del Amazonas aumenta en junio y podría ser la peor en una década. Reuters. https://es.reuters.com/article/entertainmentNews/idESKBN24B1XO
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[4] Maisonnave, F. (2020, July 28). Amazon land grabbers are destroying brazil nut groves for cattle pasture. Climate Change News. https://www.climatechangenews.com/2020/07/28/amazon-land-grabbers-destroying-brazil-nut-groves-cattle-pasture/
[5] Laird, S. A., & Pierce, A. R. (2002). Tapping the green market: certification and management of non-timber forest products. Earthscan.
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